A crise do COVID-19 foi, antes de tudo, uma crise de compliance e governança.

A Governança Corporativa é calcada em 4 pilares: TRANSPARÊNCIA, PRESTAÇÃO DE CONTAS, EQUIDADE e RESPONSABILIDADE CORPORATIVA.

Para ficar apenas nos 2 primeiros, caso os governos locais tivessem dado ouvidos aos primeiros alertas, ao invés de os ter silenciado, caso tivessem sido TRANSPARENTES em relação ao risco eminente de uma epidemia, e, ainda, PRESTADO CONTAS de modo claro e tempestivo ao governo nacional da China e demais partes interessadas (aos demais países, à OMS etc.), certamente o problema poderia ter sido contido e tratado localmente, evitando, assim, toda a calamidade mundial que se instalou, com seus imensuráveis impactos humanos, sociais e econômicos.

Afinal, quem não se lembra do médico que alertou a mídia da iminência de uma pandemia, foi duramente reprimido e veio a falecer pouco tempo depois, segundo as fontes oficiais, do próprio vírus para o qual havia chamado atenção?

Houve ali um completo desgoverno, uma inversão de valores. Ao colocar a transparência em cheque na tentativa de preservar a auto-imagem e, inferência minha, seu valor (leia-se: atividade econômica), tentando “abafar” o problema, o tiro acabou saindo pela culatra. Seria cômico, se não fosse tão trágico e custoso à todos nós…