5G O que muda

Quais os setores econômicos mais diretamente impactados com a entrada da tecnologia 5G no Brasil

A adoção do 5G multiplica as oportunidades de negócios em diversos setores tradicionais da economia e, ao mesmo tempo, viabilizará novos negócios até então pouco viáveis, pelo menos em grande escala, como os carros autônomos.

A velocidade da quinta geração de internet móvel (5G) chega a ser até 10 vezes maior em comparação ao 4G. Todo este ganho de velocidade vem da drástica redução do tempo de conexão entre os dispositivos e a internet. Na prática, isso significa, por exemplo, que o tempo de resposta ao clicar para acessar sites diminui muito. É isso que vai permitir que muitas aplicações críticas, que precisam de acesso em tempo real à informação, possam despontar.

Administração Pública

O 5G tende a ser usado para subsidiar a criação e alteração de políticas públicas em diversas pastas, como a mobilidade urbana, saúde, telecomunicação e até mesmo segurança pública, por meio de cidades inteligentes cuja infra-estrutura utiliza sensores 5G para se interconectar com maior assertividade e precisão, subsidiando a tomada de decisão dos agentes públicos e viabilizando à população serviços de maior qualidade em todas essas áreas. Regiões remotas e isoladas, onde o acesso da fibra ótica é hoje inviável, poderão se beneficiar de equipamentos que convertem o sinal 5G em rede Wi-Fi para ter acesso a uma internet mais veloz e confiável sem a necessidade de grandes investimentos, por exemplo.

Veículos Autônomos

Um exemplo de segmento que será fortemente afetado é o de carros autônomos, cujo tempo de conexão dos sensores precisa ser extremamente curto para viabilizar a segurança da operação. Ao se deparar com um semáforo amarelo ou outro veículo, ou mesmo com um transeunte que se projetou à sua frente, os sensores do carro autônomo precisam fazer uma leitura praticamente instantânea e enviar comandos condizentes ao contexto. No caso do semáforo amarelo, de desaceleração tênue, no caso do transeunte distraído, de frenagem brusca, por exemplo. Por isso, uma conexão rápida, estável e com baixa latência é necessária e é isso que o 5G oferece.

Telemedicina

Na saúde, a principal inovação que o 5G vai trazer estará nas tele-cirurgias, procedimentos realizados por cirurgiões que, remotamente, controlam um robô que, por sua vez, realiza a intervenção cirúrgica no paciente. Nestes casos, a latência entre o comando dado pelo médico e a execução remota do robô deve ser ínfima para que o procedimento seja tão bem sucedido quanto se executado pessoalmente pelo médico.

Automação Fabril

Outra grande contribuição da tecnologia do 5G será na implantação da indústria 4.0, com plantas industriais completamente automatizadas e, por conseguinte, com uma produtividade muito maior e um índice de refugo muito menor. Já há, inclusive, alguns casos desses em implantação, como os das empresas WEG e Gerdau, ambos em parceria com a operadora Claro.

Agricultura

O agronegócio também ganha com o 5G, que viabilizará recursos para medição das condições ambientais, do solo e da cultura com dispositivos IoT de forma mais efetiva, complexa e célere, aumentando assim a produtividade agrícula.

Casas inteligentes

A população também tende a ter seu dia-a-dia bastante afetado, com uma rotina domiciliar muito mais prática em que os utensílios domésticos serão interconectados por sensores 5G, de forma que “a casa” possa passar a reconhecer e se adaptar aos hábitos diários de seus habitantes, servido-os melhor e de forma automática. Me refiro a uma banheira que liga ao detectar a presença de alguém em seu interior, ao chuveiro que interrompe o fluxo de água sempre que a pessoa se desvia dele para se ensaboar, às luzes que desligam quando todos se encontram deitados, à despensa que já faz a compra de algum item alimentício ao identificar que o mesmo já está se esgotando, através de um marketplace previamente conectado à ela, à campainha que toca em celulares previamente cadastrados sempre que a presença de alguém é identificada à porta e por aí vai…

Pois é, pode ser que estejamos muito mais próximas da realidade dos Jetsons do que seríamos capazes de imaginar há poucos anos atrás…